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JOCUM NO FANTÁSTICO Categorias:
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Como muitos devem ter visto a nossa saga para salvar da morte as duas bebês da tribo Suruwahá (grafia correta do nome da tribo), foi ao ar no Fantástico de ontem.

O trabalho da JOCUM entre os Suruwahá já tem 21 anos de idade. É até uma data simbólica de maioridade. É tempo dos índios ganharem esta autonomia para decidir sobre seu próprio destino. Apesar de não falarem português, não vestirem roupa, (sempre respeitamos a cultura material com o cuidado de nunca introduzir nada que provocasse a dependência do mundo de fora) e viverem em situação semi-isolada eles sabem muito bem o que querem. Usando as palavras do jovem líder Xagani para o representante do Ministério Público que visitou recentemente nosso acampamento em São Paulo: – “Nós falamos diferente, usamos roupa diferente, mas nós não somos bicho não. Nós somos gente como vocês e sabemos o que é bom para o nosso povo…”

É assim que vemos este momento. É tempo dos índios terem voz própria neste país, de se criar para substituir a Funai, uma ouvidoria indígena, um congresso algo parecido ao que alguns países da escandinávia tem. Na próxima segunda estaremos tendo uma reunião com o ministério público em Manaus. Por favor durante esta semana precisamos nos manifestar ao governo, à midia, às igrejas sobre esta questão. Precisamos estar unidos nesta luta para:

– Mudar a maneira doentia e paternalista com que a Funai trata os índios.

– Estabelecer de maneira clara para o Brasil todo que as crianças indígenas tem o mesmo direito à vida que as crianças não indígenas. Primeiro elas são seres humanos, depois indígenas. Ou seja a condição indígena não é superior ou oposta à condição humana… Primeiro elas são gente como nós com todos os direitos que nos outorga a constituição, todos os direitos rezados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

– Quando a cultura indígena tradicional se opõe aos direitos humanos básicos, como por exemplo; o direito que as crianças têm à vida, ela tem que submetida à lei nacional.

– Pelo fim da tutela da Funai, e pela criação de uma ouvidora indígena, dirigida pelos próprios indígenas.

Orem pelos missionários e pela direção da JOCUM.