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Perseguição e Tortura Categorias:
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Um estudante sudanês que se converteu do islamismo para o cristianismo foi gravemente espancado e torturado pela polícia de segurança em Cartum em meados de setembro, aparentemente por instigação da própria família.
Mohammed S. O., 26, confirmou a Portas Abertas no dia 8 de outubro que o seu tio havia ameaçado matá-lo no dia 19 de setembro, apenas três dias antes dele ser preso numa rua de Cartum.

“Ele foi torturado e espancado”, disse uma fonte, “e perdeu três unhas arrancadas com alicates”. Sabe-se que o convertido foi forçado pela polícia de segurança a assinar documentos prometendo não freqüentar mais qualquer igreja ou reunião cristã.
Omer recusou-se, no entanto, a renunciar sua fé em Cristo.

O ex-muçulmano tornou-se um cristão em dezembro último quando estudava economia numa universidade indiana, perto de Nova Déli. Quando seus pais foram informados por alguns conhecidos sudaneses do seu filho na Índia que Omer havia “abandonado o caminho e a fé do Islam”, ordenaram que ele voltasse para casa.

Para puni-lo por sua decisão, sua família disse-lhe que planejava repudiá-lo publicamente ao deserdá-lo da riqueza da família assim que ele retornasse, na presença de toda a família e de um advogado. Desde que ele dependia financeiramente por completo da família, Omer não viu outra alternativa e tomou um vôo de uma empresa etíope de volta para o Sudão no dia 17 de julho.

Mas, assim que chegou, sua família tomou-lhe a passagem de volta e o passaporte, ameaçando-o de levá-lo à polícia de segurança se ele não se retratasse e voltasse para o islamismo. Omer persistiu, no entanto, em freqüentar os cultos da igreja e outras reuniões cristãs em Cartum nos dois meses seguintes.

Depois da ameaça de morte feita pelo tio, Mohamed saiu de casa para morar com um amigo. Mas, desde sua prisão e tortura, ele permanece sob virtual prisão domiciliar por parte da família, que tenta monitorar suas chamadas telefônicas e o uso da internet.

“Neste exato momento ele está se recuperando”, disse uma fonte local. “Mas ele não sabe o que fazer em seguida”.